A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Crato (SINDSMCRATO) concedeu entrevista virtual aso Leia Sempre e fala sobre a situação dos servidores durante a pandemia. Denise fala ainda sobre o processo permanente de negociação do sindicato e a prefeitura, além das principais reivindicações dos servidores no atual momento.
Como está a situação dos servidores do Crato
nessa Pandemia?
Logo que foi decretado o isolamento social e só
os serviços essenciais continuaram trabalhando, o sindicato iniciou um
acompanhamento junto aos servidores que tiveram de continuar trabalhando por
serem dos serviços essenciais (saúde, segurança pública, demutran, fiscalização
e limpeza pública). A nossa vigilância foi no sentido de garantir as condições
de trabalho e manutenção dos direitos dos mesmos. Logo de imediato solicitamos
da gestão municipal os equipamentos indispensáveis para o trabalho no combate a
Pandemia. Logo de início constatamos a precariedade no fornecimento dos
EPIS pela falta dos mesmos no comércio.
Iniciamos um amplo diálogo com a gestão no sentido de garantir a segurança dos
servidores. A pedido do sindicato, a gestão providenciou a testagem de todos os
servidores, cujo início foi na segunda semana de junho. Alguns pontos ainda
precisamos avançar, tão logo iniciou-se o combate ao covid19 no município,
solicitamos a implantação da insalubridade dos servidores da saúde em grau
máximo, visto que os mesmo são expostos
diretamente aos agentes, correndo o risco de contraírem e terem a vida
interrompida no desempenho da função. O certo é que, apesar dos esforços, ainda
há muito o que se fazer para garantir aos servidores condições de trabalho
justas.
Soubemos que houve uma reunião entre prefeitura
e sindicato. Os professores terão o reajuste de 6,42% esse ano? como isso
ficou?
Dia 16 de junho participamos da reunião da
MENMP(Mesa de Negociação Municipal Permanente), cuja pauta foi a Educação.
Discutimos a segunda parcela do reajuste dos professores no percentual de
6,42%, o terço de férias para os
servidores da Educação, a primeira
parcela do 13° para os servidores como costumeiramente é pago no mês de julho.
A reunião não se mostrou muito frutífera, a gestão nos repassou a situação
financeira do município com a queda na arrecadação, ressaltou a importância de
manter os salários pagos em dia, mas não avançamos no que realmente nos
interessava, que eram os pontos citados anteriormente. Saimos da reunião sem
nada resolvido com relação a isso, mas com uma próxima reunião já agendada para
a semana seguinte. Sabemos das dificuldades que os municípios estão passando
diante dessa pandemia, comércio fechado, consequentemente não se tem arrecadação. Aguardamos uma resposta da gestão
para essa semana. Nada temos de definitivo ainda.
Como ficou também a questão do adicional de
férias?
Com relação ao adicional de férias, que
corresponde a 1/3 do salário, aguardamos que o mesmo seja implantado na folha
do mês de junho, já que os servidores da educação gozarão suas férias em julho.
Como fica a questão do reajuste da categoria?
Vai ser mantido?
Esperamos que sim! Como eu não sei! Mas o nosso
anseio é que a gestão cumpra o acordo e implante esse reajuste já esperado
pelos professores.Estamos conscientes que a situação não está fácil. A Pandemia
veio para mudar muitas certezas que tínhamos, muitas vidas foram ceifadas,
empregos perdidos. Estamos aguardando o pronunciamento da gestão.
A prefeitura vem debatendo o problema de
arrecadação com vocês e como ficam os reajustes dos servidores de forma geral?
Sim, a Mesa de Negociação nos permitiu ter um diálogo
com a gestão, no início da pandemia já dialogávamos a manutenção dos direitos
dos servidores. O que não contávamos era o setor financeiro parar, o
comércio fechar por mais de três meses.
E outras conquistas e adicionais da categoria?
DE 2017 até 2019 foram mais de 86 conquistas
para os servidores, todas implantadas e pagas. O que pedimos é que tudo isso
passe logo e possamos retomar nossa vidas.
Nesta sexta-feira, 26, vocês tiveram nova
reunião com o prefeito de forma virtual. Qual sua avaliação desse encontro e o
que ficou acertado?
A reunião ficou definida da seguinte forma: o terço de
férias dos servidores da educação que gozarão férias em julho, já está
implantado na folha de julho. A segunda parcela do reajuste de 6,42% que já
está assegurada em lei municipal, será implantada tão logo a Procuradoria do
Município conclua o parecer em que analisa a lei de ajuda financeira a estados
e municípios. A gestão alega deseja agir dentro da legalidade. Mas de antemão
informou que assim que for implantado o reajuste de 6,42%, o mesmo será
retroativo a junho. O sindicato acredita
que essa concessão poderá ser feita ainda na próxima folha de julho. Com
relação a antecipação da primeira parcela do 13°, a gestão informa que os
servidores já dispõe de uma lei que garante antecipação integral do décimo
terceiro no mês de aniversário do servidor. E que os demais que aguardavam a 1°
parcela para julho, a gestão informou que por lei, tem até o dia 20 de dezembro
para efetuar o pagamento do décimo, mas garante que assim que o município for
adquirindo recursos fará o pagamento da primeira parcela.