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01/05/2020

Tô vendo uma esperança



Em meio a crises, sejam de caráter econômico, social ou de saúde pública, deparamos com um cenário que direciona para novos parâmetros profissionais; assim podemos chamar. A escuridão trazida pelo CONVID-19 nos reporta a um novo viés profissional; que iremos nos deter ao da saúde e o da educação.

Dia 1º de maio como é de costume comemora-se o Dia do Trabalho, o Dia do Trabalhador. Daí, qual o papel do trabalhador da saúde e da educação no combate ao Coronavírus?
Inicialmente iremos destacar a atuação dos profissionais da Enfermagem – Enfermeiros (as), técnicos (as) e auxiliares de Enfermagem; verdadeiros guerreiros e guerreiras que dão seu melhor no dia a dia hospitalar para salvar e guardar vidas, fazendo jus ao legado deixado pelas enfermeiras Florence Nigthingale e Ana Néri, enfermeira brasileira e a primeira a se alistar voluntariamente em combates militares.

Essa “profissão tem origem milenar e data da época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes. Durante séculos, a enfermagem vem formando profissionais em todo o mundo, comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano” (COREN).

Outros profissionais da saúde em destaque são os da medicina; talvez, nunca se viu a efetivação do juramento feito por eles postos em prática como neste momento turbulento e envolto das incertezas causadas pelo convid-19: “Eu prometo solenemente consagrar minha vida ao serviço da humanidade; a saúde e o bem-estar de meu paciente serão as minhas primeiras preocupações”, “Respeitarei a autonomia e a dignidade do meu paciente; guardarei o máximo respeito pela vida humana”, “Não permitirei que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa, origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e o meu doente; respeitarei os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte do doente”.

Diante de vários acontecimentos desde a confirmação da presença do CONVID-19 em solo brasileiro, esses profissionais, Médicos e Médicas, têm nos dado orgulho e satisfação pelo cuidado e a busca do bem-estar de todos. Rendemos nossa gratidão a todos os profissionais da saúde e ao mesmo tempo em que rendemos homenagem àqueles que perderam as vidas buscando salvar o bem valioso – a vida.

Com relação aos profissionais da educação, nem o maior intelectual que possamos ter como referencia poderia prevê o quadro que ora se apresenta; uma interligação magnifica e com planejamento comum e uma soma de esforços de se ‘tirar o chapéu’.

“SER EDUCADOR” missão que não se reduz ao limite da sala de aula, porque cada professor passa pela vida das pessoas fazendo o bem, "como flauta, através da qual o murmúrio das horas se transforma em melodia." Esse apoio, muitas vezes, chega através de uma palavra, outras, pela escuta, ou ainda no acolhimento silencioso. (Manual da III Semana Pedagógica do IFPB – Princesa Isabel 2011).

Pois é, essa prática já comentada em 2011, no IFPB de Princesa Isabel, se coloca na prática e se para alguns é algo surpreso, para Professores o desafio ora posto vêm reforçar a prática corriqueira há anos executada em nossa educação. Inovação ou adaptação são eventos constantes na prática educativa.

O grande mestre Paulo Freire nos disse: ”Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.


Robério Alves


Professor