A TRAGÉDIA BRASILEIRA E O CASO DO “ESTUPRO
CULPOSO”
O Brasil desde há tempos vem vivendo com uma
sujeira embaixo do tapete: a história brasileira é permeada pela cultura do
estupro. O estupro das mulheres indígenas, o estupro das negras escravizadas e
o estupro da mulher branca pobre. Se for um rico o estuprador, sabemos como é a
impunidade e a violência contra a
mulher, inclusive, e infelizmente na
Região do Cariri.
O caso da jovem que foi estuprada e o acusado
livrou a cara em um julgamento para lá de surreal mostra um pouco dessa nefasta
cultura que existe em nosso país, e, não adianta, muito mais jogar para debaixo
do tapete. Faz bem a sociedade em se posicionar contrário, faz certo os
políticos votarem moções de repúdio, faz certo a emissora de rádio demitir o
jornalista histérico que passou pano para a situação e está certo as redes sociais
denunciarem o caso.
Precisamos enquanto sociedade preservar a vida
humana, preservar as mulheres, idosos, crianças, as pessoas de forma geral.
Concordar com atos de violência qualquer que seja é estimular a barbárie. Esse
caso deveria entrar para a história como um símbolo, o exemplo de tudo o que nunca
devemos fazer.
Acreditamos que a punição exemplar dos
envolvidos. Não por revanchismo, mas como Justiça que não foi feita nesse caso.
É preciso, porém, que, antes de tudo e enquanto
sociedade deveríamos estar envergonhas que numa sessão de um tribunal advogado,
promotor e juiz se comportassem da maneira que os vídeos demonstram. Que o Brasil passe isso a limpo e que
possamos dizer às mulheres e a todas as vítimas de violência que estamos
vigilantes e não deixaremos mais a violência ser a tônica do nosso País.
Fotos via
Reprodução/Twitter