18/09/2020

Eleições municipais agora avançam para a fase da estratégia e montagem das campanhas

 

 



Terminou nesta quarta-feira, 16, o prazo para que lideranças e partidos políticos pudessem participar de suas convenções e tirar as chapas e nomes para  a disputa eleitoral municipal deste ano de 2020. Podemos ter surpresas em alguns palanques, como é costumeiro, pois com acordos políticos palanques variados, plurais e diversos são montados. Às vezes, até mesmo palanques inusitados com legendas e figuras de espectro político e ideológico bem distintos são montados.

Mas a palavra agora, deve ficar com o eleitor. Não temos no Brasil a tradição de termos um eleitor exigente. Muitos dizem até que as pessoas menos de um ano depois já esqueceram em quem votaram nas eleições anteriores ficando difícil o eleitor comum cobrar quem elegeu para um cargo público.

Mas a palavra fica agora com o eleitor no sentido primeiro da decisão. O eleitor brasileiro vai agora escolher aqueles homens e mulheres que irão conduzir os destinos das nossas cidades e do parlamento municipal pelos próximos 4 anos. A hora agora é de reflexão, acompanhar as eleições, os debates, analisar as propostas dos candidatos e escolher os melhores nomes.

Interessante também seria se a sociedade atentasse para as propostas de cada candidato. Não cair no conto de fadas das propostas mirabolantes e irrealizáveis e em promessas que até mesmo quem promete sabe que jamais  cumprirá.

Outro ponto relevante é perceber que o voto é um direito e não um dever. A conquista da democracia (mesmo a cambaleante democracia brasileira) se deu às custas de muitas lutas. Lembrar que no ano de 1983 milhões de brasileiros e brasileiras foram às ruas exigir o fim da ditadura militar e o direito de votar e escolher seus dirigentes, sem um grupo de militares iluminados decidindo pelo povo.

Não podemos aceitar que grupos de pequenos interesses guiem o voto da sociedade brasileira nos fazendo parecer manobráveis como se deu em 2018 com a proliferação das fake news que colocou fortes dúvidas no processo eleitoral daquele ano. Precisamos como povo, sermos mais exigentes com a ação da Justiça Eleitoral, dos órgãos de fiscalização para que tenhamos também eleições limpas e livres e que o voto do eleitor não seja desvirtuado.

Até por que o povo não é ignorante como pensam alguns setores políticos, que muitas vezes eles próprios promovem campanhas de desinformação, proliferam todo tipo de discurso do ódio e de preconceito para fomentar divisões na sociedade brasileira como vemos atualmente.

Cabe ao povo a decisão de apontar pelo voto consciente seus dirigentes. Ditaduras e regimes totalitários tiram da sociedade esse importante instrumento da liberdade. Que o voto seja exercido, como nunca antes, com sabedoria e como instrumento da nossa liberdade e democracia.

Material Publicado na edição de nº 25 deste sexta-feira, 18 de setembro de 2020 do jornal Leia Sempre.


leiasempreblog.blogspot.com