Íris Tavares I Historiadora e escritora
O lugar da mulher é a onde ela queira estar. O querer estar é carregado
de um significado importante e fundamental para a participação consciente e
verdadeira. Em regra geral, a participação política das mulheres está
condicionada a uma cota percentual prevista por lei para que os partidos
cumpram.
Essa participação não deve ser engendrada de qualquer jeito ou forma,
afinal a presença da mulher precisa estar associada a qualidade e ao direito de
participar, não de apenas fazer parte, mas de ser parte de um projeto político
que defenda e elabore políticas públicas voltadas para valorização das
mulheres, equidade de gênero, reconhecimento da mulher enquanto sujeito social
com engajamento político na construção da democracia plena, pelo direito de ser
mulher numa sociedade ante feminicídio, sem misoginia, sem à exploração dos
homens e mulheres contra as mulheres.
Por isso a participação da mulher na política não deve ser uma coisa
boba, de pai para filha, da mais bonita da cidade, nada disso deve importar
mediante os grandes desafios e temas complexos que a atualidade nos impõe. Não
basta ser mulher precisa ser de luta, saber e esperançar.
Material publicado na edição n° 24 desta sexta-feira, 11/9, do jornal Leia Sempre