11/09/2020

A participação da mulher na política. Por Íris Tavares

 



Íris Tavares I Historiadora e escritora

O lugar da mulher é a onde ela queira estar. O querer estar é carregado de um significado importante e fundamental para a participação consciente e verdadeira. Em regra geral, a participação política das mulheres está condicionada a uma cota percentual prevista por lei para que os partidos cumpram.

Essa participação não deve ser engendrada de qualquer jeito ou forma, afinal a presença da mulher precisa estar associada a qualidade e ao direito de participar, não de apenas fazer parte, mas de ser parte de um projeto político que defenda e elabore políticas públicas voltadas para valorização das mulheres, equidade de gênero, reconhecimento da mulher enquanto sujeito social com engajamento político na construção da democracia plena, pelo direito de ser mulher numa sociedade ante feminicídio, sem misoginia, sem à exploração dos homens e mulheres contra as mulheres.

Por isso a participação da mulher na política não deve ser uma coisa boba, de pai para filha, da mais bonita da cidade, nada disso deve importar mediante os grandes desafios e temas complexos que a atualidade nos impõe. Não basta ser mulher precisa ser de luta, saber e esperançar.


Material publicado na edição n° 24 desta sexta-feira, 11/9, do jornal Leia Sempre