10/07/2020

Cariri precisa debater uma política pública para o turismo após a pandemia


Uma questão que precisa da atenção do poder público, dos empresários, entidades classistas, da igreja e da sociedade de forma geral é como pensar o setor de turismo na cidade de Juazeiro do Norte após a pandemia. E também no momento atual.

O quadro que se apresenta não é bom. O turismo religioso em Juazeiro, através das romarias trás à cidade algo em torno de 1,6 milhão de pessoas anualmente, conferindo a Juazeiro o status de metrópole regional.

Mas com a pandemia e a decretação de lockdown, Juazeiro do Norte e outras importantes cidades do Cariri como Crato, Barbalha e Brejo Santo se veem às voltas com desemprego, aumentando, pois, as empresas estão de portas abertas, e mesmo quem funciona no delivery o faturamento caiu consideravelmente.

Outra questão relevante é o fechamento de empresas que vem acontecendo, principalmente os pequenos e micro negócios que vivem do seu faturamento diário, e esse segmento não tem feito parte das tais políticas de recuperação da economia no Brasil, já que o governo federal investe trilhões nos bancos e grandes empresas.

Os pequenos empréstimos são poucos e os bancos mostram pouco interesse em entrar e recuperar esse setor. As pequenas e micro empresas geram milhares de empregos no Cariri, mais do que as chamadas grandes empresas.

Portanto, é preciso os diversos segmentos públicos e privados começarem a pensar em estratégias de retomada. Não falamos apenas no abrir os comércios, mas como estimular que pequenos, micro e médios negócios não fechem as portas, os que fecharem como contribuir para reabrir e como manter espaços e empregos após a pandemia.

Essa tarefa não pode ser apenas da prefeitura, mas envolve o conjunto da sociedade de Juazeiro do Norte.