Desde o início do que foi estabelecido como “quarentena”,
ainda em março, especialistas ao redor do mundo informaram
que, por não existir vacina e remédios capazes de curar a
doença, o mais indicado seria o distanciamento social. Essa
também foi uma norma da Organização Mundial da Saúde. No
Ceará, o comércio fechou ainda no dia 19 de março, com o
decreto estadual.
Juazeiro do Norte montou barreiras sanitárias rígidas via
decreto em 14 de maio – Crato, por exemplo, fez isso ainda no
dia 6, cerca de uma semana antes. Mesmo assim, elas foram
ineficientes nas duas cidades.
Nos primeiros dias em que o comércio juazeirense deveria
permanecer fechado, comerciantes ainda trabalhavam com
portões parcialmente abertos. A prática foi coibida pela
prefeitura em fiscalizações posteriores, com multa.
Números
Um retrospecto das últimas quintas-feiras mostra como se deu
a escalada da doença em Juazeiro. No dia 21 de maio, a
Secretaria de Saúde informava 110 casos confirmados e 9
óbitos. Uma semana depois, na quinta (28), o número de casos
era 121% maior: 244 confirmações, e 11 óbitos.
Após mais uma semana, outro aumento acima de 100%: até
ontem (4), a prefeitura informava 524 casos e 22 óbitos. As
mortes, nessa contagem, são o dobro da semana passada, um
aumento inédito no intervalo de sete dias no município.
(no site Miséria)