Somente neste ano, Barbalha registrou 100 casos de dengue e um óbito em decorrência da arbovirose. Por isso, o município do Cariri cearense tem intensificado as ações de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, mesmo com as limitações consequentes da pandemia de Covid-19.
A coordenadora do setor de Vigilância em Saúde de Barbalha, Nayara Rodrigues, explica que o Ministério da Saúde (MS) recomendou que os agentes de vigilância evitem entrar nos domicílios durante o serviço. Ale´m disso, eles ficam proibidos de entrar em casas com idosos. “A gente está tendo essa dificuldade. Por isso, estamos intensificando as atividades educativas. Agora mais do que nunca nós precisamos do apoio da população”, diz em entrevista à rádio O POVO/CBN.
Por causa da pandemia de Covid-19, a população está desatenta aos cuidados necessários para evitar focos de dengue. “Nós achávamos que com essa questão do isolamento as pessoas teriam uma atenção melhor de reduzir os focos, mas percebemos que isso não vem acontecendo”, relata Nayara.
Ainda, os sintomas como febre e dores no corpo, comuns da dengue, passaram a ser interpretados pela população como Covid-19. Na tentativa de reforçar as diferenças entre arboviroses e síndromes gripais, a Secretaria de Saúde de Barbalha tem divulgado nas redes sociais os sintomas das doenças.
Por exemplo, ciclos febris, dores no corpo e manchas avermelhadas na pele podem indicar dengue. Já tosse e coriza, além de sintomas respiratórios, apontam para gripes ou até mesmo Covid-19 - incomuns em casos de dengue. Os agentes de vigilância também têm sido treinados para discernir bem entre uma doença e outra, afirma a coordenadora.
Enquanto Barbalha tem 100 casos e um óbito por dengue, o município também registra quatro casos confirmados do novo coronavírus. Já a região do Cariri cearense totaliza 105 casos confirmados e nove óbitos por Covid-19. Os dados são da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), atualizados às 9h35min desta quarta-feira, 29.
(no jornal O Povo)