Em 2008, os professores sergipanos
travaram uma luta jurídica com o governo do estado para evitar a perda de
direitos já conquistados. Naquele ano, 30 mil professores de todas as partes do
estado deixaram suas escolas e partiram em uma longa jornada na capital,
Aracaju. Nesse contexto, a professora Ana Rosa viveu o desafio de ser mãe,
mulher e dirigente sindical.
Essa é sinopse do filme “Abraço — A
única saída é lutar”, com direção de DF Fiuza, que teve sua estreia nesta
quinta-feira, 15, não por acaso, Dia dos Professores. O longa-metragem é um
retrato da resistência popular e da luta do movimento sindical e estudantil
contra a desvalorização da educação e dos professores, com cenas que trazem à
tona o debate sobre o machismo, o racismo, a unidade, a resiliência e o
cotidiano de trabalhadores e trabalhadoras.
“Abraço” foi produzido para ter um caráter artístico/documental. Baseado em histórias reais, o filme utilizou mais de 500 figurantes reais e mais de 80 atores locais, de Sergipe, desconhecidos do grande público. A proposta do longa é ocupar o lugar de filme que faz uma leitura e uma crítica ao cenário político brasileiro atual, principalmente no tocante ao descaso e desvalorização permanente aos professores e à educação de modo geral. Apesar da crítica social contida na obra, trata-se de um filme de ficção que aborda o drama pessoal de uma professora dividida entre a defesa de seus direitos profissionais e a rotina doméstica em sua casa. “Abraço” venceu os prêmios de Melhor Filme (Júri Popular), Melhor Atriz e Melhor Trilha Sonora Original no Festival de Cinema de Pernambuco 2019.
(Portal Vermelho)
Material publicado na edição nº 29 desta sexta-feira, 16/10, do jornal Leia Sempre!!!