A queda do Ministro Ricardo
Salles da pasta do Meio Ambiente no governo Bolsonaro diferente do que podem
ter apontado alguns articulistas não se deu para encobrir os mal feitos durante
a pandemia ou o escândalo da vacina da Índia.
Se essa foi a estratégia do
governo federal então foi uma estratégia furada. Acredito que essa queda se dá
por conta das inúmeras ilegalidades cometidas por Ricardo Salles à frente deste
importante ministério.
A Polícia Federal tem um
certo tempo vinha investigando o tráfico de madeiras e chegou bem pertinho de
Salles e de alguns amigos. O delgado que estava frente das investigações abriu
o bico, foi para cima do crime e em seguida foi exonerado de suas funções.
Aliás, em sua “gestão”
Ricardo Salles foi pródigo em conseguir
tirar de suas funções fiscais e policiais federais interessados em fiscalizar,
investigar e prender quem fazia ou cometia algum crime ambiental.
Na gestão de Salles, com anuência
e apoio total de Bolsonaro, ele consegui
desmantelar o setor de fiscalização, conseguiu desmantelar o IMC-Bio, O IBAMA e
tirar de circulação os profissionais do serviço público incômodos, ou seja,
quem estava investigando.
Inviabilizar as fiscalizações
era imperial para Ricardo Salles. Ele caiu porque não dá mais para segurar a
lista de ilegalidades e tudo pode mesmo cair em seu colo.
Ele pode até livrar o Bolsonaro
da jogada ou das jogadas, mas a boiada não está mais passando porque as
investigações chegaram e era melhor sair agora do que ser pego em pleno exercício
do mandato de ministro.
Quando olhamos para as
atitudes de Salles a conivência do presidente com as atitudes do ministro é que
temos mais uma vez a sensação de que o governo Bolsonaro não é mesmo tão
honesto como eles mesmos se definem.
Foto: Pablo
Valadares/Câmara dos Deputados