20/11/2020

Uma análise dos caminhos de Glêdson Bezerra e sua postura agora como prefeito eleito de Juazeiro do Norte

 


                                Foto: Cariri Metropolitano/Facebook


Por Tarso Araújo, editor do Leia Sempre

A postura política de Glêdson Bezerra (Podemos) ainda não foi apontada pelo próprio prefeito eleito, mas merece uma avaliação. O prefeito eleito de Juazeiro do Norte tem alguns caminhos que ele deve seguir.

O primeiro é aderir aos extremismos, manter-se aliado ao bolsonarismo que ajudou em sua campanha. A base de extrema-direita esteve com Glêdson mais do que com Nelinho Freitas (PSDB).

A outra opção é se apresentar (o que seria mais lógico) como um político aglutinador, que irá abrir sua gestão e suas articulações políticas ao diálogo. Poderá até utilizar a aproximação do vice-prefeito eleito Geovani Sampaio (PSD) para quebrar arestas e dialogar com o governador Camilo Santana (PT). Ao indicar o secretariado saberemos quais rumos Glêdson deve optar.

 Se indicar um secretariado com perfil mais profissional, com pessoas com perfil mais técnico e competente teremos um tipo de governo, mas se indicar apenas por conta de quem lhe apoiou na campanha corre o risco de lotear cargos e a prefeitura e não será um bom começo.

 Mas essa semana deu um passo interessante. Foi à Fortaleza com seu vice, Geovani Sampaio (PSD), com o empresário Gilmar Bender (PDT) e seu advogado, se reuniu com o vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Fernando Santana (PT).

 Esse encontro pode ser o início de um bom diálogo de Gledson, Gilmar Bender, seu principal apoiador e o a base política do governador Camilo Santana (PT).

Um sinal de que pode ir pelo caminho que achamos mais lógico e se apresentará como um conciliador. 

Outra questão para o prefeito eleito de Juazeiro do Norte diz respeito à Câmara Municipal. Glêdson conhece como ninguém esse terreno, mas como presidente do legislativo não fez muitos amigos e ainda foi acusado de traição.

 A dúvida é se ele manterá um diálogo político ou se renderá ao fisiologismo, acabando arestas, cooptando vereadores e formando logo uma base sólida pra tentar administrar sem muitos problemas.

O problema é que se fizer isso agirá com puro fisiologismo o que vai de encontro ao seu discurso de que iria desmantelar esquemas em Juazeiro do Norte, ir para cima, quebrar o mecanismo, etc e tal.

Se agir republicanamente pode ter problemas com setores do legislativo eleito, mas agirá da forma correta. Primeiro, sabemos como se elege o presidente da Câmara e as articulações já começaram. A maioria dos vereadores não foi eleita com Glêdson, e nem o prefeito eleito nem sequer sua assessoria sabe o que pensam os vereadores nesse momento.

 


Material publicado na edição nº 34 do Jornal Leia Sempre desta sexta-feira, 20/11, Dia da Consciência Negra no Brasil!!!!