Emerson Monteiro
Advogado e escritor
Vistas as experiências de vida, acadêmicas, políticas e
religiosas, todos têm sobejas facilidades e fluência em conduzir uma entrevista
esclarecida nos dias de hoje.
Quanto aos principais temas a serem trazidos à tona pelos
jornalistas, creio que buscarão conhecer as posições diante dos dramas ora
vividos, nos vários setores da atualidade. Como sabem fazer, a sobriedade
caracteriza as situações. Evitam confrontos diretos, porém mostram firmes
pontos de vista dentro da clareza que buscam trazer ao público. A maior
carência da hora é a ausência de um líder do porte dos grandes nomes que a
história já apresentou nos momentos críticos. O instante que vivemos significa,
sobretudo, a crise dos valores morais, políticos, isto é, desde as
administrações nacionais, voltados aos interesses particulares de seus povos,
quando devemos dirigir nossos objetivos a uma visão global da sociedade humana,
em consequência exatamente desse exclusivismo das nações mais poderosas. Elas
dominam todo tempo e geram o que aí está, um mundo de profundas injustiças,
escravidão dos fortes sobre países colonizados.
Temos que adquirir uma visão crítica, no entanto sem
desconsiderar que somos de uma mesma espécie e os interesses devem ser tratados
de modo amplo e coletivo. Chega de particularizar, pois, as linhas diplomáticas
de países monopolistas em detrimento da natureza, da distribuição das riquezas
do Planeta e contar apenas com a ganância dos grupos de domínio.
As teorias sociais também reclamam atualização, sem
sectarismo e vingança, porquanto há um futuro que requer maturidade e
consciência maior.
Jamais se obterá mundo de paz enquanto durarem as guerras
localizadas apenas face aos recursos naturais e à produção em massa de
armamentos sofisticados e tecnologia de grupos de comércio com vista aos
mercados consumidores.
Assim, diante dessas linhas de pensamento, que vivamos
tempo de lucidez e dotemos as lideranças dos meios esclarecidos de visão planetária
em que seja o valor essencial a sobrevivência da Humanidade em dias melhores.
A seriedade destes tempos exigem atitudes compatíveis aos
desafios, sem sectarismos ou visões estereotipadas. Mais que nunca, chegamos
aos limites das fronteiras geográficas e continuam as pessoas padecendo de
fome, misérias de muitas causas, ausência de educação, saúde, oportunidades de
trabalho, moradia, transportes, enquanto elites se refastelam nos palácios às
custas da riqueza de todos pessimamente distribuída.
Há que surgir, portanto, de acordo com esses sinais, personalidades que superem as franquezas do egoísmo e reorientem as nações pelos caminhos da paz e do progresso.