As eleições municipais vem conseguindo mostrar algo
para a sociedade brasileira, e, de forma
especial aos políticos é a forma como o eleitor vem se expressando nas pesquisas
eleitorais. Muitos fingem não entender e confundir eleitores e sociedade com fake
news. Mas há alguns elementos que precisamos considerar. O primeiro deles diz
respeito ao silêncio como as opiniões surgem à cada pesquisa. Muitos apontando
para um caminho e nessa reta final alguns caminhos ficam mais claros.
Um desses pontos que merece destaque é como tem sido
negativo um determinado candidato colar sua imagem com o presidente Jair
Bolsonaro. Ao colar, os eleitores começam a dar respostas negativas. Muitos desses
candidatos perderam votos. Isso pudemos
observar numa série de cidades Brasil afora, como Fortaleza, São Paulo, Rio de
Janeiro e outras. Inclusive gente que se declarava bolsonarista mudando
discurso, tirando o capitão da campanha e fazendo de conta que não era com ele.
Em Recife, a candidata bolsonarista que em posts
nas redes sociais chamou a cidade de Recífelis já tenta mudar o discurso e se
dizer uma democrata.
No Ceará e no Nordeste de forma particular parece não
ser bom negócio se dizer eleitor do capitão. Um exemplo é o capitão Wagner. Outros
políticos que também negam qualquer vínculo com o bolsonarismo são Gledson
Bezerra e Nelinho Freitas, aqui em Juazeiro do Norte.
Os dois são apoiados por setores ligados à
Bolsonaro. Nelinho é da parte do PSDB que nas eleições de 2018 votou nos dois
turnos em Jair Bolsonaro. O irmão de Nelinho, Rosemberg era um dos entusiastas da
candidatura do Capitão. Não esquecer que o PSDB de Nelinho é assíduo apoiar da
agenda econômica de Bolsonaro.
Já Gledson é aquele que votou no segundo turno em
Bolsonaro, apoiado por vários bolsonaristas importantes. Na pré-campanha
Capitão Wagner deu um golpe no PROS,
tirou o partido de Francisco Fabiano e entregou a Mas Gledson tenta vender a imagem que não tem
ligação alguma com o bolsonarismo.
Se a antipatia ao presidente da República chegar
nos dois pode prejudicar os dois nessa reta final de campanha.
Já no Crato, o bolsonarismo se divide entre as
candidaturas de Aloísio Brasil (PROS) e Artur de Zé Adega (PSL). Os dois não
conseguiram unificar a extrema-direita e trocam farpas entre si. Disputam às
tapas o título de mais bolsonarista na cidade. Por enquanto tentam também
descolar suas imagens do presidente Bolsonaro, que tem pouca aprovação dos
cratenses. Aloísio Brasil é aquele notório médico que em 2014 fez campanha para
o honestíssimo Aécio Neves (PSDB).
Finalizando, os números de Bolsonaro não são bons. E a política econômica, indicam pesquisas de opinião, são rejeitadas por ampla maioria da população. Com mais de 160 mil mortes por coronavírus e desemprego chegando aos mais de 14 milhões somente muita fake news para convencer o povo brasileiro e nordestino a votar nos aliados do presidente que bate continência para a bandeira americana e quer nos empurrar a cloroquina para curar a Covid-19.