A participação das mulheres na vida política brasileira ainda precisa sem
bem mais ampliada e debatida. Dados da Justiça Eleitoral apontam por exemplo,
que as mulheres são a maioria do eleitorado nacional, com cerca de 52 por cento
dos eleitores e eleitoras Brasil afora.
Esse dado em si poderia ou deveria ser o bastante para apontar um
caminho. Se as mulheres tivessem mais participação cotidiana na vida política
poderiam disputar mais cargos e se elegerem com apoio e o voto de outras
mulheres. A realidade é bem diferente.
Só para ilustrar: segundo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) as mulheres são 52,49% das 147,9 milhões de
pessoas aptas a votar nestas eleições
Pensar é fácil, mas a realidade é bem outra. Para se ter uma ideia de
como a participação feminina é limitada, das 312 candidaturas às prefeituras de 26 capitais brasileiras em
2020, apenas 59, ou 23%, serão lideradas por mulheres.
Na disputa pelas prefeituras das capitas
as cidades de Manaus, São Luís e Belém, por exemplo, não há nenhuma candidata
mulher. Se trouxermos essa realidade para o Cariri não é muito diferente.
Cidades como Barbalha, Milagres, Missão Velha, Mauriti, Porteiras e Penaforte,
por exemplo, não há candidaturas de mulheres às prefeituras. Mas aí uma boa
notícia para o Nordeste que tem 22 mulheres disputando prefeituras nas capitais,
enquanto no Sul são 11 mulheres e no Sudeste, 14.
(Imagem: Programa
Cidadania)
Material publicado na edição desta sexta-feira, 2 de outubro de 2020 da edição 27 do jornal Leia Sempre on line.