O
governo Bolsonaro mantém as suas prioridades neste final de ano de 2020, ano
imerso numa série de crises, inclusive sanitária, econômico e política. O governo quer dar um corte de R$ 1,4 bilhão
para pegar esse dinheiro a gastar em ações e patrocínios do Governo Federal em
2021, bem como, fazer novas obras. A ideia seria levantar sua popularidade.
No
acordo que Bolsonaro faz com o Congresso e com o setor político que o apoia o
Centrão os deputados federais devem ganhar o poder para indicar mais
de R$ 3 bilhões do crédito.
Saiba detalhes
com a matéria abaixo publicada na Carta Capital:
O
presidente Jair Bolsonaro propôs ao
Congresso Nacional um corte de R$ 1,4 bilhão nos recursos do Ministério da
Educação para acomodar gastos com obras e outras ações patrocinadas pelo
Congresso Nacional. A pasta recebeu a maior tesourada na proposta de
remanejamento de R$ 6,118 bilhões, formalizada ontem ao Legislativo.
O
Ministério do Desenvolvimento Regional foi o maior beneficiado e deve receber
R$ 2,3 bilhões. Outro R$ 1,06 bilhão ficará com a Infraestrutura. O restante
será dividido entre Saúde, Minas e Energia e Agricultura.
Como
mostrou o Estadão/Broadcast, o remanejamento faz parte do acerto de Bolsonaro
com o Congresso para destravar uma parte inicial do Plano Pró-Brasil de
investimentos, cujo maior entusiasta é o ministro do Desenvolvimento Regional,
Rogério Marinho. O ministro tem viajado com o presidente para diversas regiões
do País para inaugurações e tem repetido que a ordem de Bolsonaro é não deixar
nenhuma obra paralisada.
Os
parlamentares também cobraram maior espaço no Orçamento e ganharam poder para
indicar mais de R$ 3 bilhões do crédito. Os cortes ainda precisam do aval do
Congresso para serem efetivados.
Desde que
Bolsonaro bateu o martelo sobre garantir o dinheiro para as obras, os
ministérios travaram uma guerra silenciosa nos bastidores para tentar blindar o
próprio cofre. Como revelou o Estadão, o corte inicial no MEC seria até maior,
de R$ 1,57 bilhão.
A Defesa,
que reclamou do possível corte de R$ 430 milhões, perdeu menos: R$ 330 milhões.
A Cidadania também conseguiu reduzir a tesourada de R$ 487 milhões para R$
385,2 milhões.
Também
perderam recursos Economia (R$ 615,6 milhões), Justiça (R$ 300 milhões),
Turismo (R$ 148,7 milhões) e Presidência (R$ 9 9 milhões).