O prefeito Marcelo
Crivella, do Rio de Janeiro, com certeza, um dos piores da capital fluminense
em sua história foi denunciado pelo Jornal Nacional da Rede Globo por conta de
uma inusitada e antidemocrática ação. Ele criou uma espécie de milícia formada
por gente que ganha dinheiro público para ficar nos hospitais públicos no Rio
de Janeiro e impedir que a imprensa faça
matérias sobre os graves problemas na saúde local, bem como, impedir que a
população abra a boca, reclame e denuncie.
Uma coisa que nos lembra os grupos milicianos fascistas de Mussoulini e bem no espírito do bolsonarismo. Monta um esquema e finge que é algo espontâneo, da população. Não é. Tudo armado e com dinheiro do contribuinte.
Uma vergonha um pastor ter esse tipo de postura.
Veja a matéria no G1:
A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.
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por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para
fazerem uma espécie de plantão;
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em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com
denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não
falem mal da prefeitura;
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O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados,
eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
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um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e
tem salário de mais de R$ 10 mil;
quando conseguem
atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
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a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que
faz isso para 'melhor informar a população.
Entre os
participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece
registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional
apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas
ninguém atendeu.
As 'invasões'
Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no
Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem
câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro
porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de
"Bolsonaro".
A repórter pediu
desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens
continuaram, gerando uma confusão.
Dias depois, no
Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos
de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a
reportagem.
Em seguida, um dos
homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.
Os ataques não
acontecem por acaso. Ao contrário: são organizados e pelo poder público.
Os agressores
são contratados da prefeitura do Rio. Recebem salários
pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para
constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na
saúde da capital fluminense.