01/09/2020

Prefeito do RJ cria uma espécie milícia com dinheiro público para impedir trabalho da imprensa em hospitais e reclamações da população

 

(foto: Reprodução/JN)

O prefeito Marcelo Crivella, do Rio de Janeiro, com certeza, um dos piores da capital fluminense em sua história foi denunciado pelo Jornal Nacional da Rede Globo por conta de uma inusitada e antidemocrática ação. Ele criou uma espécie de milícia formada por gente que ganha dinheiro público para ficar nos hospitais públicos no Rio de Janeiro  e impedir que a imprensa faça matérias sobre os graves problemas na saúde local, bem como, impedir que a população abra a boca, reclame e denuncie.

Uma coisa que nos lembra os grupos milicianos fascistas de Mussoulini e bem no espírito do bolsonarismo. Monta um esquema e finge que é algo espontâneo, da população. Não é. Tudo armado e com dinheiro do contribuinte.

Uma vergonha um pastor ter esse tipo de postura.

 Mostra bem quem são os pentecostais brasileiros hoje. Gente ávida por poder e usa o poder de toda forma, inclusive de forma escusa.

 

Veja a matéria no G1:

 O RJ2 revelou nesta segunda-feira (31) um esquema montado com funcionários públicos para fazer plantão na porta dos hospitais municipais do Rio, atrapalhar reportagens e impedir que a população fale e denuncie problemas na área da Saúde.

A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.

 Resumo

 A reportagem mostrou que:

 

·         por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;

 

·         em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;

 

·         O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;

 

·         um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;

quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;

 

·         prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.

 

Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.

 “O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: ‘Parabéns! Isso aí!’”, contou à TV Globo um dos participantes dos grupos.


As 'invasões'


Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de "Bolsonaro".

 

A repórter pediu desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens continuaram, gerando uma confusão.

Dias depois, no Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a reportagem.

 

Em seguida, um dos homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.

 

Os ataques não acontecem por acaso. Ao contrário: são organizados e pelo poder público.

 

Os agressores são contratados da prefeitura do Rio. Recebem salários pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na saúde da capital fluminense.