Segundo reportagem dos jornalistas Thiago Resende e Isabella Macedo, na Folha de S.Paulo, a aliança com o centrão, um grupo de partidos de direita e centro-direita que se aproximou do governo em troca de verbas e cargos, é instável.
A vitória do governo na manutenção do veto presidencial é atribuída ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do partido de direita DEM.
Segundo a reportagem, interlocutores do Palácio do Planalto se mobilizaram e ligaram para deputados cobrando fidelidade dos membros do centrão. O governo fez também ameaças de não cumprir o prometido nas negociações em curso.
Logo após a votação, parlamentares afirmaram que será necessária uma negociação mais robusta para as próximas pautas do governo, como reformulação de programas sociais, privatizações e reforma tributária.
Rodrigo Maia, que tem interesses próprios e aparece como o principal fiador dos interesses do capital financeiro no mundo político, manda recados ao Palácio do Planalto de que Bolsonaro pode não ter maioria em todas as votações. A reportagem destaca que o presidente da Câmara não é próximo a Bolsonaro e deverá colidir com o Palácio do Planalto na eleição para sua sucessão, em fevereiro do ano que vem, e nas eleições presidenciais de 2022.
(no site Brasil 247)