No debate, foi avaliado além da situação da educação remota adotada do Brasil, a valorização do professor e o compromisso pelo ensino de qualidade. O deputado ressaltou que a pandemia criou um novo formato de educação, com a aula não-presencial. No entanto, ele defende a escola como um espaço de convivência e socialização. “Estamos trabalhando num projeto de lei para comprar tablet’s e conexão de internet para os alunos de todo o Brasil. Pretendo criar um pacto de recuperação, pois nos próximos dois anos teremos que recuperar esse prejuízo”, disse Idilvan.
O vice-prefeito de Missão Velha, Dr. Lorim, ressalta sua preocupação com a educação de Missão Velha, principalmente, nessa época de pandemia. Segundo ele, somente depois de muita cobrança ao governo municipal, a gestão reagiu às demandas para atender aos alunos. “A merenda escolar está sendo um grande gargalo. Infelizmente, a merenda foi distribuída no município apenas uma vez”, disse o vice-prefeito.
O pré-candidato Dr. Lorim lamentou o município ter obtido apenas uma escola destaque no Prêmio “Escola Nota Dez”, do Governo do Estado, e frisou que Missão Velha tem muitas escolas em condições precárias, além do abandono da escola profissionalizante, com a obra parada há quase 12 anos.
Para o deputado Idilvan, a educação é o vetor do desenvolvimento. Ele desejou boa sorte ao vice-prefeito na candidatura a prefeito e ressaltou que o médico está no partido da educação. “Desejo que você, como prefeito, dê orgulho para o povo de Missão Velha. Caso o senhor seja eleito, quero que honre suas promessas com os alunos e professores, invista na educação, valorize o professor”, disse o deputado.
Uma análise do resultado do SPAECE
Dentre os itens avaliados pelo Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (SPAECE), há uma série de variáveis para o 2° ano do ensino fundamental. De acordo com os dados, o resultado da média de Missão Velha é de 167,7 em proficiência, que inclui competência, habilidades e participação. Dos municípios que compõem a CREDE 20, Missão Velha é o penúltimo, a frente apenas de Aurora e por menos de um ponto.
O município chegou ao nível desejável, mas com desempenho muito fraco. A soma de não-alfabetizados, com alfabetizados incompletos e intermediário chega a 24%, ou seja, de 394 previstos para avaliação quase um quarto não sabe ler nem escrever, ou ler e escreve com muita dificuldade.
Além do grande desafio em alfabetizar na idade certa os filhos e filhas de Missão Velha, com esse resultado há o risco de que ano que vem o município tenha redução do ICMS.
