Bolsonaro pode ameaçar a sociedade o tempo inteiro e todo o tempo, mas perde força entre parlamentares, políticos, partidos, segmentos religiosos, da mídia corporativa, e já sangra entre o grande empresariado brasileiro.
O que falta para ele ser afastado ou sofrer impedimento é a tradicional direita brasileira e a elite nacional encontrar um ou dois nomes fortes alternativos e aí Bolsonaro vai par ao espaço.
Há outras frentes, que tem em comum a defesa da democracia e o fim do governo Bolsonaro, mas, há aí muitas diferenças ideológicas. A frente ampla começa a pegar corpo e será um obstáculo para o bolsonarismo em diversos aspectos da disputa política.
Neste domingo a resistência dita popular foi a vitoriosa, pois ocupou ruas e avenidas de forma ordeira e número significativo.
Só foi destaque nas ruas, além das manifestações a ferocidade das polícias que saem desse domingo e do episódio como guarda pretoriana do bolsonarismo.
Isso está pegando mal para a polícia militar. Mas muitos analistas já acreditam que o “pensamento” bolsonarista é forte dentro dos quartéis e entre os policiais militares brasileiros.
Bolsonaro quer que a tutela militar se amplie e no futuro poder dar um auto-golpe. Mas isso ainda esbarra em muitos muros que a sociedade brasileira levanta.
por Tarso Araújo, editor do Leia Sempre.