(The Economist)
A revista britânica The Economist publicou um duro texto contra Jair Bolsonaro, que se isolou "do jeito errado" em meio à pandemia do novo coronavírus - em referência ao embate com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em torno das medidas de isolamento social.
"Um a um, os negacionistas fizeram suas pazes com a ciência e a medicina. Somente quatro líderes do mundo continuam negando a ameaça de saúde pública da covid-19", diz a revista, citando Bielorrussia, Turcomenistão - que proibiu o uso da palavra "coronavírus" -, Nicarágua e Brasil.
"A decisão de Bolsonaro de minar os esforços de seu próprio governo para conter o vírus podem marcar o começo do fim de sua presidência", acrescenta a revista, que ainda afirma que os primeiros 15 meses do governo Bolsonaro se basearam em "bravatas de macho e ignorância".
Para The Economist, o presidente demonstra sentir "ciúmes da popularidade crescente de um ministro que, na visão dele, precisa ser mais humilde"; além disso, a revista sustenta que o governo parece tratar Bolsonaro como um "familiar difícil de lidar e com sinais de insanidade", ao passo em que conta com o apoio de "um pequeno círculo de fanáticos ideológicos que inclui seus três filhos, a fé de evangélicos e pela falta de informação de muitos brasileiros sobre o coronavírus".
(no site Conversa Afiada)