A final deste domingo vive no imaginário de todos que gostam de futebol e são apaixonados por Copa do Mundo. Os gritos de Galvão Bueno de "É tetra! É tetra!", abraçado a Pelé e Arnaldo Cézar Coelho, surgem facilmente na nossa mente assim que fechamos os olhos para lembrar daquele 17 de julho de 1994. São essas históricas cenas que serão revividas a partir das 15h30 de hoje, quando a TV Verdes Mares exibe a final da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, com narração original da Rede Globo.
Naquele ano, o futebol brasileiro chegava ao Mundial cercado de incertezas. A classificação para a competição veio nos momentos finais das Eliminatórias após Parreira ceder e convocar Romário. Na partida épica contra o Uruguai, o "Baixinho" fez gol e comandou a Seleção na vitória e na classificação.
Campanha vitoriosa
Mas logo nos primeiros jogos, o Brasil de Romário, Bebeto, Branco e Leonardo mostrou que aquela Copa seria diferente. Dominou e venceu Rússia e Camarões. Empatou com a Suécia, que se mostrou a revelação daquele torneio. Os dois se reencontraram na semifinal. As fases eliminatórias foram de partidas difíceis, mas sempre contando com a genialidade da dupla Bebeto e Romário para resolver. Romário, então, foi o mentor daquela equipe. Contra os EUA, 1 a 0. Contra a Holanda, uma partida histórica e vitória apertada por 3 a 2. E na semifinal, um reencontro com a Suécia. Novo jogo difícil, mas o triunfo canarinho dessa vez. Romário subiu no meio dos grandalhões Suécia e testou para as redes: 1 a 0.
A decisão
Diante de 94 mil pessoas, no Estádio Rose Bowl, o Brasil de Carlos Alberto Parreira teve mais posse de bola que a Azzurra, mas finalizou pouco. Num dos lances mais emblemáticos, Pagliuca beijou a trave após quase levar um frango em chute de Mauro Silva. Romário e Baggio, os craques das seleções, passariam em branco no tempo normal e na prorrogação.
Na decisão por pênaltis pela primeira vez na história, Brasil e Itália, tricampeões mundiais e revivendo uma decisão desde 1970, estavam sendo iguais também. Nos acertos e nos erros. Até a hora que Baggio veio obrar sua penalidade. O chute foi longe, isolando a bola e deixando sair o grito de campeão: É tetra!
Os grandes artistas daquela tarde icônica, por coincidência, ainda se encontraram neste ano em um amistoso festivo disputado no Estádio Presidente Vargas. Uma saudosa lembrança que se renova.
(no Diário do Nordeste)