(Imagem: Depositphotos)
Por Alexandre Lucas
Pedagogo, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais do Crato/CE, integrante do Coletivo Camaradas e da Comissão Cearense do Cultura Viva.
Quantos sonhos se perderam no caminho? Nunca paramos para contar. Talvez os sonhos se percam e vão surgindo outros ao longo da vida. Alguns duram pouco tempo, outros parecem que carregamos até o último suspiro. Basta dormir para sonhar, apesar da maioria dos sonhos serem esquecidos.
Mas sonho dormindo, é sonho é dormido. Estou falando de sonho acordado, desses que se perdem, quebram mesmo sendo inquebráveis e que também se realizam.
Há sonhos de todos os tamanhos, alguns enormes, como por exemplo dominar o mundo, outros sonham em ter uma casa, em ter paz, saúde para dar e nunca vender, encontrar um grande amor. São tantos sonhos que se fossem escritos em espiral arrodeando o planeta terra, do polo norte ao sul, não caberiam.
Quando criança sonhava em ter uma escrivaninha, dessas que apareciam nas novelas e nas revistas de moda e arquitetura. Aquelas mesinhas de madeira, com gavetas, com banco e que ao mexer é possível diminuir e aumentar o seu tamanho. Achava que todos os sonhos podiam ser escritos e desenhados numa escrivaninha. Aquele tipo de mesa parece que dava poder, pelos menos no sonho.
Numa manhã de um tempo de criança, encontro a escrivaninha numa loja, era muito cara, dinheiro nem sabia dizer, só conhecia dinheiro que dava para comprar bombons. Olhava para aquela mesa e só podia dizer que queria, mas não podia levar. Daquele dia só puder trazer uma frase que carrego até hoje, era meu primo dizendo em tom de zombaria “Seu pai é pobre e nunca vai poder comprar isso”.
A escrivaninha ficou lá, alguém deve ter comprado, alguém que não era pobre como meu pai. Mesmo sem escrivaninha, os sonhos continuaram sendo escritos e o meu primo, esse continua destruindo sonhos.
Há sonhos de todos os tamanhos, alguns enormes, como por exemplo dominar o mundo, outros sonham em ter uma casa, em ter paz, saúde para dar e nunca vender, encontrar um grande amor. São tantos sonhos que se fossem escritos em espiral arrodeando o planeta terra, do polo norte ao sul, não caberiam.
Quando criança sonhava em ter uma escrivaninha, dessas que apareciam nas novelas e nas revistas de moda e arquitetura. Aquelas mesinhas de madeira, com gavetas, com banco e que ao mexer é possível diminuir e aumentar o seu tamanho. Achava que todos os sonhos podiam ser escritos e desenhados numa escrivaninha. Aquele tipo de mesa parece que dava poder, pelos menos no sonho.
Numa manhã de um tempo de criança, encontro a escrivaninha numa loja, era muito cara, dinheiro nem sabia dizer, só conhecia dinheiro que dava para comprar bombons. Olhava para aquela mesa e só podia dizer que queria, mas não podia levar. Daquele dia só puder trazer uma frase que carrego até hoje, era meu primo dizendo em tom de zombaria “Seu pai é pobre e nunca vai poder comprar isso”.
A escrivaninha ficou lá, alguém deve ter comprado, alguém que não era pobre como meu pai. Mesmo sem escrivaninha, os sonhos continuaram sendo escritos e o meu primo, esse continua destruindo sonhos.