(foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Há pouco mais de um ano, Brasil e Peru se enfrentavam pela
final da Copa América, com direito a Maracanã lotado e muita
festa da torcida brasileira com o título da Amarelinha. Quatorze
meses depois, um novo mundo se configurou com a pandemia
da Covid-19.
Dentro dos seus domínios, no Estádio Nacional de Lima, os
peruanos não terão direito à revanche esperada. Hoje, às 21h,
pela segunda rodada das Eliminatórias, um gigante vazio
recebe as duas seleções, em condições que ampliam ainda mais
o favoritismo da equipe brasileira.
Com maior parte dos jogadores em plena forma física, com o
calendário europeu tendo sido o primeiro a ter retornado, a
Seleção de Tite se defronta mais uma vez contra uma equipe
que também tem atletas que atuam no Velho Continente, mas
que também tem em seu grupo jogadores que iniciaram há
poucos meses o contato com treinamentos presenciais.
Mistério
Ao contrário do que fez na véspera do duelo contra a
Bolívia, na estreia das Eliminatórias, Tite preferiu não anunciar
a escalação que vai enfrentar o Peru. A justificativa do
treinador para esconder a equipe é não dar munição para o
técnico Ricardo Gareca. Ele adiantou, porém, que a base será
mantida.
“Nós temos uma série de atletas de alto nível, eu tenho uma
equipe montada, mas não quero falar. Os atletas já sabem desde
ontem. A base permanece, as ideias permanecem. Mas não
quero municiar o (Ricardo) Gareca. Você troca uma
característica do atleta e já traz uma adversidade”, justificou o
treinador, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O técnico completará contra os peruanos a marca de 50 jogos
no comando da Seleção Brasileira. O adversário de hoje foi
também o último algoz da equipe de Tite, em amistoso
realizado em setembro do ano passado. Para o comandante, o
duelo não tem uma simbologia ou significado especial em
razão da marca alcançada.
“Adversário importante, grau de dificuldade técnica e física
superior ao que enfrentamos. Temos que ter essa capacidade de
contextualizar. Não estou pensando muito nos 50 jogos, penso
numa ideia de futebol e que a equipe jogue muito. Que tenha a
consciência que tem que criar e fazer gol, ser dura e dificultar
ao máximo o adversário, se possível não tomar gol e que
traduza isso em vitórias”, ressaltou.
O treinador fez um paralelo entre a Bolívia, goleada por 5 a 0
no primeiro desafio do Brasil nas Eliminatórias, e a seleção do
Peru, que reconheceu ser mais forte e competitiva do que os
bolivianos. A ideia, independentemente do adversário, é
desenvolver um padrão de atuação e manter solidez e
regularidade. O time brasileiro não fez nenhum treinamento em
solo peruano.
Fonte: Diário do Nordeste