O primeiro de
maio é uma daquelas datas que podemos fazer várias reflexões. A primeira é a
contradição da sociedade brasileira em comemorar o Dia do Trabalhador, mas
fazer todo o esforço para esse dia ser chamado dia do trabalho.
Isso mostra em
muito como a sociedade Brasileira de modo geral vê a classe trabalhadora. No
Brasil ,os trabalhadores e também em certa conta podemos apontar como a ampla maioria dos servidores públicos são
tratados com descaso, pois são contra esses setores que muitas leis são votadas.
Nos últimos
anos os políticos apoiados por seus patrocinadores do setor empresarial
conseguiram a aprovar a reforma trabalhista e a reforma previdenciária.
Editaram ainda um sem número de leis e projetos
retirando direitos dos trabalhadores.
Dados do IBGE
(Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística) aponta que o desemprego vem
aumentando. No fechamento do primeiro trimestre deste ano eram 12,3 milhões de
desempregados. Os dados do IBGE mostram que o
desemprego aumentou no país antes do início das medidas restritivas e de
isolamento impostas no país para tentar frear a propagação do coronavírus.
Outro dado
alarmante é o grande grau da informalidade do trabalho deixando mais de 38 milhões
de pessoas nessa situação no Brasil. E os trabalhadores por conta própria, sem
quase nenhum direito sendo recolhido chega a 24 milhões de homens e mulheres .
O 1º de Maio tem
o que se comemorar? Sim, que a classe trabalhadora brasileira mesmo com toda as
a dificuldades resiste, e deve resistir ainda mais pois os ataques aprecem não
ter fim.
Que esse
exemplar do Leia Sempre sirva de estímulo para que as pessoas leiam mais, se informem mais e lutem melhor.
Editorial do jornal Leia Sempre
1º de maio de 2020.